Conteúdo produzido pela Agência Popular Jovens Comunicadores
No Dia das Bruxas, vale refletir sobre os ecos da inquisição em nosso próprio passado colonial: uma época em que corpos considerados transgressores eram perseguidos e violentados sob a justificativa de ameaça à ordem social e religiosa. No Brasil escravista, a intolerância recai especialmente sobre mulheres, indígenas, negros e pessoas que desafiavam normas, enquadradas como bruxas, feiticeiros ou hereges. Porém, quem estava interessado nessa caça? Assim, hoje, questionar essas heranças históricas nos ajuda a entender como a estigmatização e a opressão se mantêm vivas e buscam sufocar aquelas que, ao ousarem ser livres, transformam a sociedade.
Pensando nisso, a Agência Jovens Comunicadores – Narrativas de Gênero, produziu uma série de conteúdos sobre a data. Confira abaixo.
Você sabia que existiam bruxas brasileiras?
Você sabe o que é uma bruxa?
Bruxa era o nome dado a uma mulher que supostamente possuía conhecimentos sobre poderes da natureza, encantamentos e magias. A origem do nome bruxa deriva dessa perseguição: brucia, k (“queimar”).
Hoje, entretanto, sabemos que, na verdade, muitas dessas mulheres tinham um conhecimento avançado sobre medicamentos e plantas ou, simplesmente, praticavam ações que a sociedade da época não entendia. Aliás, você sabia que, aqui no Brasil, mulheres também foram acusadas de bruxaria? Então, vem conhecer quem foram essas mulheres.






Produção:
@021ju_oliver
@celly .morena.73
@daquerg
Bruxaria – a arte do empoderamento
De Mima Renard a Elke Maravilha, a bruxaria, para além de rituais e crenças, é uma manifestação de resistência e sabedoria de grupos historicamente oprimidos.






Produção:
@miris_santos18: Seleção das Fotos e texto sobre a Elke.
@soll_anne: Roteiro, revisão do texto base e de apoio.
@candido_estela_ : Cards
@kmily_teixeira: Texto de apoio e pesquisa sobre Mima.
Bruxa: liberdade de ser
Ao longo da história, no entanto, houveram diferentes percepções do que era ser bruxa; por exemplo, existiam aquelas que eram curandeiras, as que dominavam o saber sobre o corpo feminino e também as que eram consideradas ameaças malignas, praticantes da feitiçaria. Desse modo, por conta da construção de uma imagem distorcida e demonizada ao longo dos séculos sobre mulheres inteligentes, independentes ou simplesmente diferentes dos padrões religiosos, as mulheres acabam sendo prejudicadas até os dias de hoje.
Produção/Edição/Roteiro: @maisamullerr & @amandamarianox
Narração/Suporte: @like_anangel_ & @miihr_fernandes
Mima Renard: uma bruxa brasileira
Ao refletir sobre histórias como a de Mima honramos as vítimas e, ao mesmo tempo, reafirmamos nosso compromisso em promover a igualdade, justiça e respeito pela diversidade cultural.
Conteúdo produzido por:
@thayanetrindade
@Viansjulliaxx
@chrissouza98
Bruxaria e racismo: uma história brasileira
No Brasil, a perseguição à bruxaria está, sobretudo, muito ligada ao racismo religioso. Desde o período colonial, criminalizaram as tradições africanas e ameríndias, associando-as ao diabo e, assim, as perseguindo. Ao longo da colonização, era frequente chamar de “bruxos” os sacerdotes bantu, xamãs, pajés, tupis e outras lideranças religiosas, ainda que existissem diferenças significativas em relação à concepção europeia de bruxaria. Além disso, as narrativas coloniais adicionaram demônios às histórias e, surpreendentemente, até a palavra “Brasil” foi associada ao Diabo, devido à cor da árvore que deu origem ao nome da colônia.






Conteúdo produzido por:
Roteiro e pesquisa: @skianevermore
Design: @moreirat_
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