Por Larissa Lúcia, monitora da IComPop
A mobilidade urbana é a capacidade de deslocamento nos espaços urbanos, seja por meio individual ou coletivo. Ela pode acontecer de diversas maneiras, através de veículos ou mesmo a pé.
Pensar em mobilidade urbana é também refletir sobre o direito à cidade e como as condições de deslocamento impactam as relações, especialmente da juventude, no exercício desse direito.
Transportes precários, horas no trânsito, ausência de segurança nos trajetos, preços abusivos e burocracia para acesso, benefícios de gratuidade são alguns dos problemas enfrentados no dia a dia. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em agosto de 2023, apontou que 36% dos trabalhadores passam mais de uma hora por dia no trânsito, e 21% ficam entre uma e duas horas no transporte.
Como isso impacta na vida das pessoas?
Essas horas no trânsito afetam diretamente a qualidade das atividades realizadas no trabalho ou nos estudos e têm impactos na saúde física e mental. Além disso, quando tanto tempo é consumido no deslocamento, que sobra para o descanso, o lazer ou a ocupação de outros é
A mobilidade urbana não deve ser pensada de forma isolada, mas em conexão com outros aspectos da vida social, como saúde, segurança e o direito à cidade. Por exemplo, o tempo gasto no transporte pode interferir no acesso aos serviços públicos de saúde e no bem-estar geral da população.
Essa compreensão torna evidente que a mobilidade atravessa e é atravessada por diversas áreas da vida, especialmente para quem vive nas periferias e precisa se deslocar para centros de trabalho, estudo ou lazer. Portanto, discutir mobilidade urbana é, também, discutir a garantia do direito à cidade de forma igualitária.
A Incubadora de Comunicação Popular – iComPop, é uma iniciativa da UNICEF, com parceria estratégica da Fundação Abertis e realização técnica da BemTv. O projeto faz parte da #AgendaCidadeUnicef.