DIA DE TEREZA DE BENGUELA E DA MULHER NEGRA, LATINO-AMERICANA E CARIBENHA

Mas tu tem que lembrar – com orgulho/ 25 do mês de julho/ A força que enfrenta o medo/ Pendendo de um arvoredo”. Os versos da banda El Efecto cantam a Rainha Tereza, líder do Quilombo de Quaritetê, governante de um foco de resistência contra a opressão do sistema senhorial e sua base escravocrata. Mulher negra, símbolo de fortaleza contra um poder, mas que teve sua memória e trajetória negligenciadas pela história. Os mecanismos misóginos e racistas fazem questão de esconder as muitas mulheres negras que participaram ativamente da construção do Brasil. Figuras como a de Tereza precisam ser resgatadas para que as mulheres negras se vejam representadas, tenham suas próprias heroínas, reforcem o orgulho de sua raça e sua história de força e luta.

Em 25 de julho comemora-se o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído por meio da Lei nº 12.987, apenas em 2014. Também é o dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, instituído no calendário oficial do estado do Rio há 10 anos pela Lei 5071/2007. Dia de fortalecimento das redes de mulheres, dos laços entre mulheres e aumentar as visibilidades para as lutas desse grupo. E por quê?

De acordo com o Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil (2013), as mulheres negras são o grupo em maior situação de vulnerabilidade social. Aqui, as mulheres estão expostas às maiores cargas horárias de trabalho e aos menores salários, aos maiores índices de violência, à grande parte das taxas de superlotação dos presídios, à falta de representatividade na produção artística.

A data surgiu em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas e os motivos para mobilização e enfrentamento continuam muito atuais. Portanto, fortalecer a data é reiterar as diversas contribuições da mulher negra para o processo de formação histórico social de seus países, é destacar seu protagonismo, empoderamento, é tonificar a luta pela garantia e manutenção dos direitos conquistados e olhar a multiplicidade de identidades que compõem o feminino. Data que denuncia o racismo, a intolerância religiosa, o feminicídio e o genocídio da população negra.

No último ano, a BemTV acompanhou a 3ª Marcha das Mulheres Negras no Rio de Janeiro. Quer saber como foi? Veja a cobertura.

Junte as amigas, irmãs, mobilize outras mulheres e vamos juntas às ruas!

 

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